Todo mundo pode vir a ter feridas na pele. Elas acontecem de forma acidental ou por consequência de outros problemas de saúde e intervenções cirúrgicas, podendo afetar o corpo de forma superficial ou profunda.
Para o tratamento de feridas há diversos tipos de curativos e medicamentos, mas é muito importante saber como utilizá-los da maneira correta. Profissionais e estudantes da área da saúde e demais interessados podem conhecer mais sobre o tema em workshops, livros e também em cursos online.
O Centro de Estudos e Formação possui o Curso Online Cuidados Aplicados às Feridas, ideal para quem deseja descobrir técnicas específicas para cuidar de ferimentos e suas cicatrizações. São aulas de qualidade, preparadas por uma equipe especializada.
Quando falamos de médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos em enfermagem e cuidadores de idosos, estamos nos referindo a profissionais que atendem pessoas com diferentes necessidades. A saúde e bem-estar delas depende muito da formação destes trabalhadores.
Por isso surge a importância de se capacitar em treinamentos, seminários e cursos à distância, que podem ser uma ótima forma de adquirir novos conhecimentos, aprimorar o que já se sabe e garantir mais oportunidades de crescimento na carreira. É uma chance de oferecer um atendimento mais humano e responsável a todos os pacientes.
E para ajudar, neste artigo vamos discutir sobre as feridas na pele e suas características, além dos métodos mais utilizados para tratá-las, como é feita a cicatrização, fatores que podem ser prejudiciais à saúde, além dos cursos online que podem fazer a diferença na carreira de profissionais da saúde. Acompanhe.
Feridas na pele: saiba tudo
Anatomia e funções da pele
Antes de conhecer os tipos de feridas mais comuns, é aconselhável compreender como é a estrutura da pele humana.
Basicamente, ela é formada por duas camadas principais com funções diferentes e que têm conexão entre si: a epiderme e a derme. A epiderme atua protegendo o corpo contra o atrito, a dessecação e a entrada de micro-organismos. Já a derme abriga as glândulas sudoríparas e sebáceas, que têm ação lubrificante e bactericida.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a pele apresenta inúmeras finalidades, dentre elas: formar uma barreira física para o organismo, oferecer sensibilidade tátil e de pressão, equilibrar a temperatura corporal, liberar eletrólitos e água, fabricar síntese de vitamina D e agir na formação óssea, além claro, de detalhar a aparência com suas características.
Quem busca especialização em enfermagem deverá se aprofundar nos conhecimentos sobre a pele, que é o maior e o mais pesado órgão do corpo humano. Entender seus aspectos e suas funções ajuda no atendimento eficaz de pacientes de quaisquer idades que precisam de tratamento de feridas. Esse tema é muito bem conduzido por cursos online com certificado, dando o respaldo que qualquer profissional da área precisa para ser melhor recolocado no mercado.
O que são as feridas
As feridas são caracterizadas por falhas na integridade da pele. Por algum motivo o órgão tem sua estrutura interrompida, seja de forma superficial ou profunda, fechada ou aberta, simples ou complexa, aguda ou crônica. Essas informações são explicadas em passo a passo no segundo módulo do Curso Online Cuidados Aplicados às Feridas e são essenciais para uma formação embasada.
Superficial x profunda
As feridas são consideradas superficiais quando só atingem a região da epiderme, derme e hipoderme e, na maioria das vezes são simples, pois não são acometidas por infecções e outras complicações. Elas costumam evoluir rapidamente para a cicatrização.
As profundas se caracterizam por ferimentos que atingem outras estruturas do organismo, além da derme e epiderme, como fáscias, músculos, articulações, cartilagens, tendões, ligamentos, ossos e vasos. Essas, sim, muitas vezes são complexas e apresentam evolução lenta podendo se tornar crônicas se não houver o tratamento adequado.
Tipos de feridas
As feridas podem ser fechadas (hematomas) ou abertas (cortes, perfurações) e ser divididas em: agudas, que são provocadas por fatores externos ao organismo humano, como traumas físicos, químicos e biológicos e procedimentos cirúrgicos. E crônicas, acometidas por fatores internos, como enfermidades e infecções. Escara ou úlcera por pressão também é um tipo de ferida crônica. Muitas das feridas, sobretudo esta última, são graves e podem levar à morte se não tratadas corretamente.
Aprender sobre o conceito e a classificação das feridas é imprescindível para saber qual é o melhor jeito de tratar alguém acometido por elas. E o mais interessante é que você, que busca melhorar sua formação na área da saúde, pode conhecer essas informações por meio de cursos EAD de modo descomplicado, porém eficiente.
Feridas agudas
Esse tipo de ferida pode acontecer quando menos esperamos, em caso de acidentes. Afinal, quem é que nunca se viu com um roxo na pele, caiu de bicicleta ou se queimou acidentalmente na cozinha? Mas é possível também ocorrer por decisão médica, em caso de procedimentos cirúrgicos de emergência. Bom, há muitas modalidades de ferimentos agudos, selecionamos os principais para você conhecer:
Amputação e avulsão
Lesões abertas por instrumento cortante de maneira acidental ou cirúrgica. Como há rompimento total dos tecidos e grande hemorragia, representa risco de morte ao paciente. Doenças crônicas como o diabetes mellitus podem levar à amputação de membros.
Ferimentos corto-contusos
Estas lesões são causadas por objetos cortantes, que podem ferir superficialmente ou profundamente. O sangramento e trauma variam de pessoa para pessoa.
Escoriações
Esse é o nome para o conhecido “ralado” da pele. As escoriações se restringem à epiderme ou às mucosas, ocorrendo interrupção da superfície e sangramento em algumas vezes. A dor costuma ser intensa por conta da agressão às terminações nervosas.
Esmagamentos
Esse é um dos tipos de ferida é mais comuns após acidentes de trânsito, desabamentos, entre outros desastres. Apesar de não haver um rompimento total, pode ocasionar na perda de função do membro e na deformidade.
Lesões perfurantes
São as feridas causadas por objetos pontiagudos, como agulhas, pregos, tesouras, estiletes, facas e demais itens que podem penetrar e atravessar tecidos, órgãos ou cavidades. Os traumas por armas de fogo produzem perfuração na pele e nos tecidos e recebem o nome de perfurocontusos.
Feridas Crônicas
Estimativas do Ministério da Saúde indicam que as feridas crônicas afetam a rotina de vida de aproximadamente cinco milhões de pessoas no Brasil.
Como dissemos antes, esse problema está associado a doenças como diabetes mellitus, hipertensão arterial, hanseníase, neoplasias e outros. As lesões podem aparecem dependendo do estado em que o paciente se encontra e podem receber curativos com o auxílio de um técnico em enfermagem ou enfermeiro quando está em fase controlada. Elas se tornam mais complexas quando a cicatrização é problemática.
Os tipos de feridas crônicas mais conhecidos são as: úlcera vasculogênica, úlcera venosa, úlcera arterial, úlcera neuropática, úlcera do pé diabético e úlcera por pressão.
Mais sobre a úlcera por pressão
A úlcera por pressão é um dos temas mais pesquisados por quem quer entender sobre os tipos de feridas e seus tratamentos. O Curso Online Cuidados Aplicados às Feridas dedica o terceiro módulo a esse tipo de úlcera. Quem é enfermeiro, técnico em enfermagem ou ainda estudante vivencia ou vai vivenciar casos de pacientes que sofrem com esse problema, que é mais conhecido por escara.
Esse tipo de úlcera se dá em uma determinada área da pele, que sofre necrose após ficar um longo tempo pressionada entre proeminência óssea e superfície dura: por exemplo, quando um paciente fica durante muitos dias deitado em uma cama de hospital sem ser movimentado. É muito comum em pessoas em estado de coma e cadeirantes.
É importante lembrar que as ulcerações são evoluídas nas proeminências ósseas e nos tecidos moles e não atinge diretamente a pele. Portanto, quando a epiderme é afetada, com endurecimento, coloração diferente, aumento de temperatura, entre outros, é por que o problema está em fase avançada.
Por conta disso também que é necessário estar capacitado a identificar os estágios das feridas. Em cursos online sobre o tema você pode obter esse e outros saberes para aplicar em hospitais, clínicas e casas de repouso.
Cuidados aplicados às feridas
Bom, agora que você já descobriu mais sobre o conceito de feridas e os tipos mais comuns, chegou a hora de conhecer quais são os cuidados que devem ser aplicados a elas. São muitas formas de tratar feridas, com curativos variados e soluções tópicas. Vamos expor algumas delas abaixo para você ficar por dentro do assunto e continuar a aprimorar seus conhecimentos depois em cursos à distância.
Curativos
Os curativos são muito utilizados para fazer a proteção de muitos tipos de feridas. Existem muitos deles, desde os pensos-rápidos, os conhecidos band-aids, às compresas com outros materiais mais abrangentes. Veja a seguir os curativos mais utilizados:
Gaze
Curativos simples podem ser feitos com gaze, de preferência com 100% de algodão. Ela oferece a vantagem de ser de baixo custo e ser eficiente em feridas pequenas ou grandes. É indicado fazer de duas a três trocas diárias e tomar cuidado na escolha do material, pois dependendo pode soltar fiapos no ferimento.
Filme Transparente
O filme é mais utilizado na região das costas e braços, na maioria das vezes formando uma segunda camada para outro tipo de curativo. O material consiste em poliuretano com uma camada adesiva e é ideal para feridas que precisam se manter úmidas, apesar de ser impermeável, e visíveis, já que é transparente. Recomenda-se a troca entre três e cinco dias.
Hidrocoloides
Esses tipos de curativos têm agentes em formato gelatinoso e geralmente são embalados em placas de filme ou espuma de poliuretano, autoadesivas. Estão disponíveis em variados formatos e espessuras, incluindo a pasta, que pode ser usada para preenchimento de cavidades. Eles podem reduzir a dor da ferida, mas uma desvantagem é que tem custo inicial elevado.
Hidrogel
O hidrogel apresenta muitas vantagens para o cuidado de uma ferida ou úlcera de pressão. Ela promove a hidratação da pele necrosada, moldando-se à superfície e diminuindo a dor.
Espumas de Poliuretano
Estas espumas são indicadas para feridas que liberam grande quantidade exsudato - fluido inflamatório. Elas protegem a ferida, deixando-a isolada e acolchoada, além de promover a diminuição de odor. Esse curativo também é fácil de aplicar e favorece a cicatrização.
Soluções tópicas
Além dos curativos, também são utilizados cremes e pomadas para o tratamento de feridas. Essas soluções tópicas devem ser receitadas por um médico e podem ser aplicadas por um enfermeiro, técnico em enfermagem ou outro profissional habilitado.
Conhecer mais sobre esses medicamentos é crucial para se destacar no mercado de saúde. Apostar em cursos EAD para descobrir mais sobre esse tipo de tratamento pode ser uma forma fácil e eficiente para mostrar que você está apto para cuidar de feridas.
Veja os tipos de soluções tópicas mais utilizadas:
Anti-bacterianos tópicos
São os mais utilizados para tratar feridas. Isso se deve ao fato dessa solução agir diretamente na área machucada e evitar o uso de antibióticos sistêmicos.
Anti-sépticos
Apesar de terem propriedades bactericidas, muitos podem ser tóxicos para a pele em reconstrução. Vale saber que no Brasil seu uso é contra-indicado pelo Ministério da Saúde para o tratamento de feridas de pessoas de qualquer idade. Exemplos de anti-sépticos: ácido acético, hipoclorito de sódio, água oxigenada e PVPI (povidine).
Solução salina normal ou Soro Fisiológico 0.9%
Os dois produtos podem ser utilizados para higienizar a região da ferida sem causar efeitos colaterais. Oferecem segurança ao paciente.
Água potável
Muita gente acaba se esquecendo dos benefícios que a água potável tem para a pele como um todo, assim como o tratamento de feridas. Ela é uma ótima opção para limpar adequadamente a região afetada.
Importante frisar que feridas agudas devem ser lavadas com água corrente e sabão. Entretanto, as feridas crônicas não podem ser higienizadas com a água do banho, e sim, com as soluções recomendadas pelo médico.
Em caso de infecção, como tratar?
Toda ferida, por menor que seja, pode infeccionar. Isso se não receber a atenção devida ou em caso de baixa imunidade e doenças crônicas do paciente.
Quando uma ferida está sendo tomada por uma infecção, a região emite alguns sinais. Há aumento da dor e da temperatura local, além de inchaço e rubor ao redor da ferida. Nesse caso também a ferida se enche de pus e o paciente pode ter febre.
Na presença de infecção que pode se estender das bordas até o interior da ferida, recomenda-se o uso de antibióticos orais que devem ser receitados por um médico de confiança.
Cuidados com pessoas diabéticas
Você pode perceber que há uma grande preocupação em torno dos casos de feridas em pessoas portadoras de diabetes. Isso ocorre por que a doença é grave e se não houver controle leva a perda, principalmente, dos membros inferiores.
Para você ter uma ideia, cerca de 60% de todas as amputações das extremidades inferiores realizadas no mundo todo estão relacionadas ao diabetes mellitus e não a acidentes de trânsito e de trabalho como muitas pessoas pensam.
Por conta da prevalência do problema nos membros inferiores, há uma doença chamada “pé diabético”, na qual os pés se apresentam frios, pálidos, com a pele fina e brilhante, com unhas atrofiadas e até a presença de micoses, entre outras características. Quando se infecciona há ainda dor, hipersensibilidade e pus.
Quem sofre de diabetes deve prestar atenção durante o corte das unhas, qual o sapato utilizado, assim como as meias, se há objetos dentro dos calçados, entre outros. Esses pequenos cuidados podem evitar o surgimento de feridas na pele, cujas complicações, podem levar à gangrena e amputação, pois a doença inibe o processo de cicatrização.
Cicatrização: fatores que podem interferir
Falando em cicatrização, para que ela seja feita naturalmente e no tempo certo é preciso estar atento a alguns cuidados.
Esse também é um assunto recorrente de cursos à distância sobre cuidados com feridas. Estar atento aos tipos de cicatriz e à forma como elas são construídas pelo organismo é muito importante para quem estuda enfermagem ou já atua no ramo.
Na capacitação que oferecemos por aqui no portal o profissional ou estudante aprenderá sobre cicatrização no quarto módulo e, se precisar, poderá escolher se quer sua certificação. Para ter mais reconhecimento no mercado de saúde você pode fazer cursos online com certificado aqui conosco.
Nessas aulas você vai descobrir, por exemplo, que há muitos fatores que podem prejudicar o processo de recuperação do organismo após uma ferida, seja ela aguda ou crônica. Veja quais são alguns deles:
Local
Áreas do corpo que são menos irrigadas pelo sangue e articulações, como joelhos, cotovelos e nádegas tem o processo de cicatrização mais lento que outras regiões.
Medicamentos
Alguns remédios também podem afetar o tempo de resposta da imunidade quanto ocorre uma lesão. É o caso dos medicamentos utilizados em quimio e radioterapia. Pode demorar a cicatrizar e ainda deixar a lesão mais frágil.
Carência de nutrientes
Pessoas com deficiência de vitamina C e proteínas não produzem colágeno normalmente e por isso suas feridas demoram a cicatrizar.
Má alimentação
Alimentos ricos em gorduras trans como os biscoitos, sorvetes e outros industrializados prejudicam bastante a reformulação dos tecidos.
Hemorragia
Muito sangue no local da ferida aumenta o número de células mortas e isso inibe o processo de cicatrização, assim como lesões posteriores na mesma região.
Idade
Pacientes mais velhos tendem a sofrer com a cicatrização demorada por conta da perda do colágeno e da resistência da pele.
Deu para perceber que tratamento de feridas é um assunto complexo, não é mesmo? Há muitos conceitos, tipos existentes, formas de cuidar, evidências científicas e novas descobertas médicas sendo realizadas acerca do problema.
Poderíamos ficar dias e dias discutindo sobre o tema por aqui, mas quando se trata de saúde, é melhor buscar especialização comprovada. E por que não em cursos EAD?
No Centro de Estudos e Formação você consegue obter o conhecimento em feridas e seus tratamentos para agregar ao currículo profissional em cursos online com certificado, escolhendo a carga horária de certificação que melhor se encaixa em seu perfil e a sua necessidade.
Estudantes de graduação ou técnico em enfermagem e de áreas correlatas também se beneficiam com a documentação que pode ser emitida após a finalização das aulas. Afinal, o curso funciona como atividades complementares que podem ser apresentadas na faculdade ou no curso técnico. Que tal aproveitar o momento e fazer sua inscrição no portal?
Agora queremos saber o que você achou do artigo. Gostou das informações? Tem alguma dúvida em relação ao tema ou ao curso oferecido por nós? Deixe um comentário abaixo que teremos o prazer em te responder. Até mais!